Apoio Domiciliário
Apoio domiciliário a prematuros ou recém-nascidos com incapacidades temporárias ou permanentes que, uma vez nos seus domicílios, continuam a necessitar de assistência técnica e cuidados especiais.
Apoio domiciliário a famílias com recém nascidos, em situações de risco de desenvolvimento, devido a fatores sociais, ambientais ou biológicos.


O programa de apoio domiciliário é desenvolvido em estreita colaboração com as unidades de neuropatologia e serviços sociais com quem o Banco do Bebé tem protocolo e as visitas – com periodicidade semanal – são da responsabilidade da equipa técnica: fisioterapeuta, enfermeira, assistente social e psicopedagógico – com voluntários devidamente formados.
Os processos são avaliados mensalmente, em reunião, da equipa técnica do Banco do Bebé com as diversas equipas das unidades hospitalares e da comunidade, e os programas ajustados em função da evolução da criança.


História
Projecto que se inicia em 2002, na sequência de um desafio lançado pela Unidade de Neonatologia da MAC para o Banco do Bebé criar uma equipa para dar continuidade aos cuidados iniciados naquela unidade, na fase pós-alta de prematuros ou recém-nascidos, onde se registam situações de deficiência e incapacidade temporária ou definitiva, ou em risco social.
- De 2002 até hoje acompanhámos em Domicílio: 1015 Bebés.

Vertentes da intervenção - Apoio integrado
1. Suporte emocional e fortalecimento da vinculação adulto-bebé
Prestamos um apoio de suporte emocional à família, através da companhia securizante, da minimização da solidão e da partilha de preocupações. Esta intervenção tem como finalidade última o incentivo à comunicação/conhecimento entre pais e bebé: conhecer melhor, brincar com, cantar para, acarinhar e compreender. Oferecemos o ensino da massagem ao bebé.
2. Cuidados ao bebé e trabalho pedagógico
A equipa trabalha com estas famílias os cuidados básicos ao bebé (alimentação, higiene, sono), a par do estabelecimento das rotinas e interações mais adequadas. Estes bebés gozam da possibilidade de terapias e estimulação precoce ao domicílio.
Em muitas situações é necessário trabalhar com as famílias no sentido de uma melhor organização familiar – gestão doméstica, aquisição de rotinas, organização e arrumação do espaço, documentação em ordem, etc.. Construímos um suporte de materiais formativos que nos ajudam neste objetivo.
3. Apoio em bens essenciais e apoio financeiro
Na grande maioria dos casos, constituiu-se como um apoio fundamental à organização básica da família a oferta de bens alimentares, medicamentos, roupa, produtos higiene, brinquedos bem como equipamentos técnicos adequados às necessidades destas crianças.
4. Articulação com as unidades hospitalares e serviços de saúde
Esta equipa trabalha ao lado destas famílias na articulação entre as unidades hospitalares e no acompanhamento aos diferentes serviços de saúde, servindo muitas vezes de agentes de tradução/compreensão das mensagens.
O plano de intervenção é estabelecido individualmente para cada bebé e família, em conformidade com o enquadramento conceptual da intervenção precoce, mas também em parceria com a família.
Tem como missão estabelecer pontes entre a família, a comunidade e as unidade referenciadoras. Objectivo central: promover as competências parentais das famílias para as autonomizar face à nossa intervenção.
A equipa de apoio domiciliário trabalha ao lado destas famílias na articulação entre as estruturas da comunidade, acompanhando-as e estimulando-as a usufruir das pontencialidades das redes de apoio existentes.
Em muitas situações, promovemos a integração profissional dos pais no mercado de trabalho e a inserção dos bebés em instituições educativas. Também em muitas situações, apoiamos e promovemos a legalização das famílias que estão em situação irregular.
Hoje o Projeto destina-se a
Bebés dos 0-3 anos…
– Prematuros, que mereçam um olhar continuado em seu contexto natural de vida;
– Recém-nascidos com fatores de risco perinatal (ex.: asfixia, anomalias congénitas graves, doenças do foro genético, neuromusculares e outras).
– Bebés até aos 3 anos com fatores sociais ou ambientais que suscitem risco de desenvolvimento.
… de famílias
– com fatores socio-económicos desfavoráveis;
– com pais ou cuidadores pouco seguros nos cuidados a prestar ao bebé;
– com pais ou cuidadores com frágil vinculação ao bebé;
– pouco estruturadas ou com frágil rede de apoio
– em risco social.
O plano de intervenção é estabelecido individualmente para cada bebé e família, em conformidade com o enquadramento conceptual da intervenção precoce, mas também em parceria com a família.
Esta equipa trabalha ao lado destas famílias na articulação entre as unidades hospitalares e no acompanhamento aos diferentes serviços de saúde, servindo muitas vezes de agentes de tradução/compreensão das mensagens.